CONDIÇÃO DOCENTE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS: QUESTÕES E PERSPECTIVAS
Resumo
Resumo: O artigo trata do par condição e formação docente, tendo como centralidade aquilo que se compreende, comunica, localiza: o ser professor. A metodologia é desenvolvida a partir da análise teórica de pesquisas produzidas e publicadas que utilizam os termos condição e formação docente na análise de políticas públicas em educação. Na primeira seção, é analisado o contexto sócio-histórico em que o par condição-formação é atualizado na produção científica, em seguida, o termo “educação” é articulado a essa assunção para que se encontrem os traços fundantes, contraditórios do afetivo e do simbolismo linguístico aos termos que expressam seu uso nas ciências. Os resultados mostram que a apreensão das interações nos termos analisados permitiu compreender a sua junção a um corpo de proposições funcionais e dialéticas, no qual as suas significações são construídas para e no campo do conhecimento (científico, filosófico, político, cultural, econômico) e para a vida cotidiana. O artigo é uma análise teórica das pesquisas realizadas e seu mérito reside em fundamentar pesquisas empíricas que envolvam os termos analisados, tendo na unidade dos sentidos envolvidos a correspondência com processos de desenvolvimento e formulação de políticas públicas. A análise propiciou avaliar as interações diversificadas, porém não desvinculadas, em combinações relativas a nosso espaçotempo e, assim, redimensionar as relações de poder que possibilitem favorecer aqueles que de maneira geral não são contemplados. Dessa maneira, contribui para o debate a respeito das políticas públicas educacionais.
Palavras-chave: Condição-formação docente. Educação. Políticas públicas educacionais.
Referências
ALVES, N. (Org.). Formac?a?o de professores: pensar e fazer. Sa?o Paulo: Cortez, 1992.
AZEVEDO, J. M. L. Cidadania, desenvolvimento humano e reforma educacional. In: ENCONTRO DE PESQUISA EDUCACIONAL DO NORDESTE, 15., 2001, São Luís, 2001. Anais... São Luís, MA, [S.l.], 2001. 1 CD-ROM.
BARBA, M. D. Ensinar os filhos em casa ganha força no Brasil e gera polêmica. Publicado em 4 de novembro de 2013. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/11/131104_educacao_domiciliar_abre_vale_m db.
BEN AYED, C. Le nouvel ordre éducatif local: mixité, disparités, luttes locales. Paris: Presses Universitaires de France, 2009.
BORJA, J.; CASTELLS, M. As cidades como atores políticos. Novos Estudos (CEBRAP), São Paulo: Editora Brasileira de Ciências, n. 45, p. 152-166, jul. 1996.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 14 jul. 2017.
______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20112014/2014/lei/l13005.htm.
BRUNO, L. Poder e administração no capitalismo contemporâneo. In: OLIVEIRA,?D. A. (Org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis: Vozes, 1997.
CARLOS, A. F. A. A reprodução da cidade como “negócio”. In: ______; CARRERAS, Carles (Org.). Urbanização e mundialização – estudos sobre a metrópole. São Paulo: Contexto, 2005. p. 29-37.
CAVALCANTI, L de Souza. Concepções teórico-metodológicas da geografia escolar no mundo contemporâneo e abordagens no ensino. In: SANTOS, L. L. de C. P. (Org.) et al. Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente.? Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
CHAUI, M. Convite à filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 1999.
CHAUI, M. Manifestações ideológicas do autoritarismo brasileiro. São Paulo: Perseu Abramo, 2013.
CUNHA, T. M. M. C. Fortalecimento das poli?ticas de valorizac?a?o docente: diagno?stico de avaliac? a?o curricular de cursos presenciais de 2ª licenciatura que esta?o sendo oferecidos pela Universidade Federal de Pernambuco para o Plano Nacional de Formac?a?o de Professores da Educac? a?o Ba?sica do estado de Pernambuco. Brasi?lia, DF: UNESCO/Capes, 2010. (Relato?rio. Documento interno).
DOURADO, E. O. Mídia e trabalho docente: o quadro e o fora do quadro. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 6, n. 11, p. 479-488, jul./dez. 2012. Disponível em: http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/222. Acesso em: 27 jul. 2017.
______; DOURADO, L. F. Políticas e gestão da educação básica no Brasil: limites e perspectivas. Educação & Sociedade, v. 28, n. 100, p. 921-946, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a1428100.pdf. Acesso em: 2 ago. 2017.
DUARTE, M. R. T.; SARAIVA, A. L. Participação, deliberação e os arranjos constitutivos da gestão democrática da educação no país. In: BATISTA, N. C.; FLORES, M. L. R. (Org.). Formação de gestores escolares para a educação básica: avanços, retrocessos e desafios frente aos 20 anos de normatização da gestão democrática na LDBEN. Porto Alegre: Escola de Gestores da Educação Básica, 2012. p. 45-78.
FERREIRA, G. S. Há riscos para o País com a desvalorização profissional. Revista Retratos da Escola, Brasi?lia, v. 6, n. 11, p. 339-354, jul./dez. 2012. Disponi?vel em: <http//www.esforce.org.br> Acesso em: 23 jul. 2017.
FONSECA, S. M. Fortalecimento das políticas de valorização docente: diagnóstico de avaliação curricular de 2ª licenciatura de Física e Matemática oferecidos pela UFMA/ Universidade Federal do Maranhão para o PARFOR no Estado do Maranhão. Brasília, DF: UNESCO/Capes, 2010. (Relatório. Documento interno).
FREITAS, H. Entrevista. In: Formação de professores: impasses e perspectivas. Retratos da Escola, Brasília, DF, v. 2, n. 2-3, p. 15-27, jan./dez. 2008.
GATTI, B. A. Educação, escola e formação de professores: políticas e impasses. Educação em revista, Curitiba, n. 50, p. 51-67, dez. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010440602013000400005&lng=pt &nrm=iso>. Acesso em: 4 ago. 2017.
GATTI, B. A.; BARRETO, E. S. de S.; ANDRE?, M. E. D. A. Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília, DF: UNESCO, 2011.
GATTI, B. A.; NUNES, M. M. R. (Org.). Formac?a?o de professores para o ensino fundamental: estudo de curri?culos das licenciaturas em Pedagogia, Li?ngua Portuguesa, Matema?tica e Cie?ncias Biolo?gicas. São Paulo: FCC, 2009. (Colec? a?o Textos FCC, n. 29).
GATTI, B. A. et al. Formação de professores para o ensino fundamental: instituições formadoras e seus currículos. Estudos & Pesquisas Educacionais (Fundação Victor Civita), São Paulo, n. 1, p. 95-138, 2010.
HARVEY, D. Do administrativo ao empresariamento: a transformação da governança urbana no capitalismo tardio. In: ______. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Anablume, 2005[1989]. p. 163-190.
HELOANI, R.; PIOLLI, E. A falácia da qualificação: dilemas do (des) emprego. Revista USP, São Paulo, n. 64, p. 201-210, 2005.
KRIEG-PLANQUE, A. Analyser les discours institutionnels. Paris: Armand Colin, 2013.
LENCIONI, S. Região e Geografia. São Paulo: EDUSP, 2009.
MARCELO, C. Desenvolvimento profissional docente: passado e futuro. Sísifo – Revista de Ciências da Educação, n. 8, p. 7-22, 2009.
NOGUEIRA, F. M. de B.; LAMBERTUCCI, A. R. O SNE e o cuidado com a saúde para a valorização do educador. Revista Retratos da Escola, Brasi?lia, v. 6, n. 11, p. 355-364, jul./dez. 2012. Disponi?vel em: <http//www.esforce.org.br> Acesso em: 23 jul. 2017.
OLIVEIRA, C.; TEIXEIRA, L. H. Municipalização e gestão municipal. In: WITTMANN, C.; GRACINDO, R. V. (Coord.). O estado da arte em política e gestão da educação no Brasil: 1991-1997. Brasília, DF: ANPAE, 1999.
OLIVEIRA, D. A. Os trabalhadores da educação e a construção política da profissão docente no Brasil. Educar em Revista, Curitiba, n. 1, p. 17-35, 2010.
OLIVEIRA, D. A.; VIEIRA, L. F. (Org.). Trabalho na educação básica: a condição docente em sete estados brasileiros. Belo Horizonte: Fino Traço Editora, 2012.
RABIN, C. G. Base curricular mira o século 21, mas formação do professor segue no 19. Publicado em 24 de maio de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2017/05/1886923-base-curricular-mira-oseculo-21-mas-formacao-do-professor-segue-no-19.shtml.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo; razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
SAQUET, M. A. Abordagens e concepções de território. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2007.
SOUZA, J. V. A. de. (Org.) Formação de professores para a educação básica: dez anos da LDB. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
SOUZA, D. B.; FARIA, L. C. Reforma do Estado, descentralização e municipalização do ensino no Brasil: a gestão política dos sistemas públicos de ensino pós-LDB 9.394/96. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 45, p. 925-944, out./dez. 2004.
VIEIRA, R. V. A (re)produção do espaço como mercadoria: Pólo 3 – Projeto Orla, extensões-latências. 2008. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
______. A reprodução do espaço na metrópole: a habitação como negócio urbano. 2014. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Ciências Socioambientais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2014.
VIEIRA, J. D. Entrevista. In: Formação de professores: impasses e perspectivas. Retratos da Escola, Brasi?lia, DF, v. 2, n. 2-3, p. 15-27, jan./dez. 2008.
VOSGERAU, D. S. R. Fortalecimento das poli?ticas de valorizac?a?o docente: diagno?stico de avaliac? a?o de cursos presenciais de licenciatura ofertados pelo PARFOR – UFERSA
(Universidade Federal do Semia?rido) – Rio Grande do Norte. Brasi?lia, DF: UNESCO/Capes, 2010. (Relato?rio. Documento interno).