A EDUCAÇÃO NÃO PODE SALVAR O MUNDO: REFLEXÕES ACERCA DA SOBRECARGA DE TRABALHO DOCENTE E DA RESPONSABILIDADE SOBRE A FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS

Autores

  • Bruna Milene Ferreira Faculdade Alfredo Nasser

Resumo

Ser professor, especialmente na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental em nosso século demanda um esforço hercúleo. Ouso dizer sem exagero que estes profissionais vão à guerra todos os dias com seus arsenais e retornam dela cada vez mais debilitados física e psicologicamente, como qualquer soldado que chega do combate destroçado depois do contato com as experiências embrutecedoras de ter sido uma máquina em um campo de batalha. É isso que os educadores são, nas escolas, na atualidade: máquinas em um campo de batalha. Cumprem uma carga horária exaustiva, como um maquinário que nunca desliga e que jamais pode falhar. Necessitam de acordo com os parâmetros legislativos educacionais tais como a: LDB 9394/1996, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, o PNE, a BNCC, o PCN etc.; assumir múltiplas tarefas e se colocam em uma condição de superhomem, cuja função é a de salvar a humanidade, por meio da “salvação” inicial da criança. A crença é a de que se a infância for “moldada” o quanto antes conforme tudo o que o educador multitarefa puder ensinar, então teremos no futuro adultos prontos a viver em um mundo mais harmônico ou, pelo menos, mais humano.

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Publicado

2021-06-07