BANALIDADE DO MAL NA MODERNIDADE: CORPOS E MENTES DÓCEIS ADAPTADOS À BUROCRACIA MODERNA

Autores

  • Geovanna Arrais Lopes Faculdade Alfredo Nasser

Resumo

Resumo: O estudo realizado parte da tese levantada por Hannah Arendt de que a banalização do mal, especialmente no contexto do Holocausto, representa um dos maiores problemas ocasionados pela racionalização e burocratização da vida como um dos traços mais evidentes dos tempos modernos. A busca da eficácia, a aplicação da técnica, a obediência a regras no intuito de alcançar um determinado objetivo e a promoção de uma sociedade organizada racionalmente de forma semelhante à dinâmica da linha de produção das fábricas no contexto da Revolução Industrial são as marcas da existência moderna excessivamente mergulhada na eficácia e na obtenção de resultados a qualquer preço em detrimento da preocupação com os juízos morais que possam vir a ser feitos em relação às ações praticadas. Na modernidade a eficácia está acima de qualquer julgamento moral. Representa na verdade uma nova “moral” a do sucesso, da ação bem sucedida, da obediência às normas que permitem trilhar o caminho que conduz ao maior objetivo do homem moderno: o surgimento e manutenção de uma sociedade regida pela razão, pela civilidade e pelos princípios da ciência como afirma Bauman na obra: Modernidade e Holocausto.

 

Palavras-chave: Modernidade. Holocausto. Hannah Arendt. Bauman. Nietzsche.

Referências

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Publicado

2016-10-20

Edição

Seção

Artigos Científicos