FREUD E A EDUCAÇÃO: articulações sobre o impossível

Autores

  • Ana Tereza Dias Vasques
  • Bruno Fiuza Franco

Resumo

RESUMO: O presente trabalho busca articular psicanálise e educação a partir do conceito de inconsciente e da afirmação freudiana de que educar é impossível. Dessa maneira, o conceito de inconsciente na sua particularidade psicanalítica se desdobra em consequências para o processo educativo, impossibilitando que o planejamento e a execução da educação se reduzem a um processo consciente e racional. Assim sendo, vários processos inconscientes permeiam a prática educativa, como a transferência e a sublimação. A educação então, seria efeito de um processo transferencial que se inicia com a busca infantil pela diferença entre os sexos, que constrói uma pulsão de saber. Da mesma forma, a educação, como processo social, seria uma forma de criar caminhos socialmente aceitos para as satisfações pulsionais que não podem ter descarga sem mediação. Nesse sentido, educar seria, entre outras coisas, criar mecanismos de sublimação. Embora Freud aponte uma impossibilidade de educar, isso não significa, assim sendo, que não aconteça nenhuma aprendizagem educacional, mas que o inconsciente é fator determinante para esse acontecimento, e como tal, não pode ser predito.


Palavras-chave: Educação. Psicanálise. Inconsciente. Impossibilidade.

Biografia do Autor

  • Ana Tereza Dias Vasques
    Ana Tereza Vasques é professora mestre do Centro Universitário Alfredo Nasser, psicanalista, mestre em Neurociências do Comportamento e membro do NIEPPSI, UNIFAN.
  • Bruno Fiuza Franco
    Bruno Fiuza Franco é professor mestre do Centro Universitário Alfredo Nasser, com formação em Psicologia, pós-graduação em Psicologia dos Processos Educativos e Mestrado em Psicologia é membro do NIEPPSI, UNIFAN.

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2021-09-03

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Artigos