TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: revisão de literatura

Autores

  • Sthefany Assis Sousa Santana Centro Universitário Alfredo Nasser/Instituto Ciências da Saúde
  • Gabriela Lopes dos Santos Centro Universitário Alfredo Nasser/Instituto Ciências da Saúde
  • Gabriela Lopes dos Santos Centro Universitário Alfredo Nasser/Instituto Ciências da Saúde

Resumo

RESUMO: A Paralisia Facial Periférica (PFP) ou de Bell caracteriza-se por paralisia parcial ou total dos músculos da face que pode ocorrer devido à redução ou perda da condução nervosa ao longo do nervo facial. A PFP pode acarretar a perda de movimentos da hemiface acometida, prejudicando a oclusão dos olhos, sorriso, arqueamento das sobrancelhas, vedação labial, o que pode gerar importante impacto na expressão facial, fala e alimentação e, consequentemente na qualidade de vida desses pacientes. Assim, o objetivo foi verificar os efeitos da fisioterapia em pacientes com PFP. A busca da literatura foi realizada nas seguintes bases de dados de dados LiLACS, SciELO e PubMed. A busca foi restrita a artigos publicados em inglês, português e espanhol entre 2011 e 2021. Após a busca da literatura, seis artigos foram selecionados. De forma geral, as condutas envolveram terapia do espelho, exercícios convencionais com mímicas faciais, facilitação neuromuscular proprioceptiva, eletroacupuntura, diatermia por ondas curtas, laser e também programas de computador que auxiliam na recuperação. Os estudos demonstraram que a terapia convencional associada a outras estratégias de intervenção apresentou efeitos superiores ao uso da terapia convencional isolado. Conclui-se que a fisioterapia é importante na reabilitação de pacientes com PFP, melhorando completamente ou parcialmente os déficits dos pacientes. Contudo, mais estudos são necessários.

Palavras-chave: Especialidade de Fisioterapia; Modalidades de Fisioterapia; Paralisia Facial; Paralisia de Bell.

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Publicado

2022-11-15

Edição

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ARTIGOS