CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO MINAS FRESCAL COMERCIALIZADO EM FEIRAS LIVRES

Autores

  • Sarah Borges Feitosa Universidade Estadual de Goias
  • Maurício Pereira Borges Universidade Estadual de Goías
  • Polyanne Alencar de Paula Universidade Estadual de Goiás
  • Mônica Santiago Barbosa Universidade Federal de Goiás
  • Carla Afonso Bitencourt Universidade Federal de Goiás
  • Lílian Carla Carneiro Universidade Federal de Goiás

Resumo

RESUMO: A obtenção do leite de forma higiênica é o ponto crucial no processo de fabricação de queijos e derivados, pois o animal, os equipamentos e o ambiente podem estar contaminados.  Uma vez que o leite pode se contaminar com patógenos após o processo de pasteurização, durante a manipulação do queijo, com os equipamentos, temperatura inadequada, estocagens e transporte, este trabalho objetivou identificar e descrever os possíveis contaminantes do queijo; investigar o conhecimento das pessoas quanto à procedência do alimento que consomem e correlacionar os dados obtidos com outros descritos na literatura. No período de outubro de 2013 a junho de 2014, foram avaliadas 37 amostras de queijo tipo Minas Frescal em feira livre, supermercados e padarias da cidade de Morrinhos-GO. O nível de contaminação obtido no período das águas foi 100% para Coliforme Total; 78,38% para Coliforme Fecal; 35,14% de Staphylococcus aureus e 5,41% de Staphylococcus sp. No período de estiagem foi encontrado 86,49% para Coliforme Total; 62,16% para Coliforme Fecal; 27,03% para Staphylococcus aureus e 2,7% para Staphylococcus sp. As análises de PCA apresentaram maior quantidade de amostras incontáveis na diluição 101 UFC/ge uma diminuição gradativa na diluição 107 UFC/g. Contudo, os queijos analisados constituem motivo de preocupação para as autoridades sanitárias por representarem um risco à saúde dos consumidores.

 

Palavras-chave: Análise de alimentos. Microbiologia de alimentos. Alimentos clandestinos.

Referências

ALBUQUERQUE LC, CARDOSO M, RABELLO E, ROSA MCG. O queijo no Brasil: origem e descrição. Leite & Derivados, 1994, ano III v.15, 37-54

ALCARÃZ LE, SATORRES SE, SEPÚLVEDA L, CENTORBI ONP. Detección de Staphylococcus aureus sp, em manipuladores de alimentos. La Alimentación Latino americana. 1997, 219: 44-47.

ALMEIDA FILHO ES, NADER FILHO A. Ocorrência de coliformes fecais e Escherichia coli em queijo tipo Minas Frescal de produção artesanal, comercializado em Poços de Caldas, MG. Higiene Alimentar. 2002, 16 (102/103), 71-73.

ALMEIDA JAG, NOVAK FR, ALMEIDA CHG, SERVA VB. Avaliação da flora microbiana do leite humano ordenhado no IMIP. Revista do IMIP.1998, 03: 13-6.

ARAÚJO VS, PAGLIARES MLP, QUEIROZ AC. Freitas-Almeida. Occurrence of Staphylococcus and enteropathogens in soft cheese commercialized in the city of Rio de Janeiro, Brasil.JournalofAppliedMicrobiology. 2002, 92 (6) 1172-1177.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INDÚSTRIAS DE QUEIJO-(ABIQ/2004) Notícias. Disponível em: http://www.abiq.com.br/. Acessado em 05/04/2016.

BARROS POG, NOGUEIRA LC, RODRIGUES EM, CHIAPPINI CCJ. Avaliação a qualidade microbiológica do queijo Minas Frescal comercializado no município do Rio de Janeiro-RJ. Higiene Alimentar, 2004, 18 v.122, 57-66.

BOOR KJ, BROWN DP, MURPHY SC, KOZLOWSKI SM, BANDLER DK. Microbiological and chemical quality of raw milk in New York State. J. Dairy Sci. 1998, 81: 1743-8.

BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Instrução Normativa n0 62 de 26 de agosto de 2003. Diário Oficial da União. Brasília, setembro, 2003. p.14-51. Seção 1.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução n0 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diário Oficial da União, n. 7, jan. 2001. p.45-53. Seção 1.

BRASUK. LEIS, Decretos, etc. Portaria n°146 de 07 de março de 1996. Regulamentos técnicos de identidade e qualidade dos produtos lácteos. Diário Oficial da União, 11 de março de 1996, seção 1, 3977-3986, 1996.

CAIXETA CM, REZENDE PL, AZEVEDO AC, ROSSI, DA.Staphylococcuscoagulase positiva em queijo minas artesanal comercializado em feiras livres de Uberlândia-MG. In: II Congresso LATINO AMERICANO E BRASILEIRO DE HIGIENISTAS DE ALIMENTOS, 2005, Búzios. Anais do II Congresso Latino Americano e Brasileiro de Higienistas de Alimentos (Higiene Alimentar encarte eletrônico). 2005, 19.

CÂMARA SAV, AMARAL GB, MULLER MT, SILVEIRA KCS, ALMEIDA TN DE, MEDEIRO CF. Avaliação microbiológica de queijo tipo minas frescal artesanal, comercializados no mercado municipal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Revista Higiene Alimentar. 2002, 16 (101) 32-36.

CARDOSO L, ARAÚJO WMC. Parâmetros de qualidade em queijos comercializados no Distrito Federal, no período de 1997-2001. Higiene Alimentar. 2004, 18 v.123, 49-53.

CRUZ CD, GOMES MIFV. Avaliação do teor de lipídios em queijos Minas Frescal industrializados e artesanais e em Ricotas comercializados na região de Botucatu/SP. Rev. Inst. Adolfo Lutz. 2001, 60 v.02, 109-112.

CUNHA NETO A, SILVA CGM, STAMFORD TLM.Staphylococcusenterotoxigênicos em alimentos in natura e processados no estado de Pernambuco, Brasil. Ciênc. Tecnol. Aliment, 2002, 22 v.3, 263-271.

DEBUYSER ML, DUFOUR B, MARIE M, LAFARAGE V. Implication of milk products in food borne diseases in France and different industrialized countries.Int J Food Microbiol. 2001; 67: 1-17.

DUARTE DAM. Pesquisa de Listeriamonocytogenes em queijo de coalho produzido e comercializado no Estado de Pernambuco. 2005. 81f. Dissertação (Mestrado em Ciência Veterinária) - Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. UFRP, Pernambuco: 2005.

FORSYTHE S J.Microbiologia da segurança alimentar. Porto Alegre: Artmed, 2002, p. 424.
FOX PF. Cheese: chemistry, physics and microbiology. London, Chapman & Hall, 1993, 463, 1993.

FREITAS MAQ, MAGALHÃES H. Enterotoxigenicidade de Staphylococcus aureus isolados de vacas com mastite. Microbiology. 1990, 21 v.4, 315-19.

HOFFMAN FL, CRUZ CHG, VINTURIM TM. Qualidade microbiológica de queijos comercializados na região de São José do Rio Preto-SP. Rev. Inst. Latic. “Cândido Tostes”. 1995, 50, 42-47.

ISEPON JS, SANTOS PA, SILVA MAP. Avaliação microbiológica de queijos Minas Frescal comercializados na cidade de Ilha Solteira-SP. Revista Higiene Alimentar. 2003, 17 (106), 89-94.

JORDANO R, LOPEZ C, RODRIGUEZ V, CORDOBA G, MEDINA LM, BARRIOS J. Comparison of Petri film method to conventional methods for enumerating aerobic bacteria, coliforms, Escherichia coli and yeasts and molds in foods. ActaMicrobiolImmunol Hung. 1995 42, 255-9.

KOTTWITZ LBM, GUIMARÃES IM. Avaliação microbiológica de queijos Coloniais produzidos no Estado do Paraná. Higiene Alimentar. 2003, 17 (114/115), 77-80.

LAMKA KG, LE CHEVALLIER MW, SEIDLER RJ. Bacterial contamination of drinking water supplies in a modern rural neighborhood. ApplyEnviron Microbiol. 1980, 39, 734-8.

LANGE CC, BRITTO JRF. Influência da qualidade do leite na manufatura e vida de prateleira dos produtos lácteos: papel das altas contagens microbianas. In: BRITTO JRF, PORTUGAL JA (Eds.). Diagnóstico da Qualidade do Leite, Impacto para a Indústria e a Questão dos Resíduos de Antibióticos, Embrapa, 2003, 117-138.

LOGUERCIO AP, ALEIXO JAG. Microbiologia de Queijo tipo Minas Frescal produzido artesanalmente. Rev. Ciência Rural. 2001, 31 v.6.

MANDIL A, MORAIS VAD, PEREIRA ML, FAGUNDES JMS, CARMO LS, CORREIA MG, CASTRO EP, GOMES MJVM. Avaliação da qualidade microbiológica de queijos comercializados em Belo Horizonte, MG, no período de 1984 a 1991. In: Encontro Nacional de Analistas de Alimentos, Porto Alegre. 1993, Anais. v.8.

NICOLAU ES, BUENO VFF, MESQUITA AJ, COELHO KO, COUTO DV. Qualidade microbiológica dos queijos tipo Minas Frescal, Prato e Mussarela comercializados em Goiás. Anais do XVIII. Congresso Nacional de Laticínios. 2001, 56 (321), 200-205.

ORDEN JA, GOYACHE J, HERNANDEZ J, DOMENECH A, SUAREZ G, GOMEZ-LUCIA E. Applicability of an immunoblot technique combined with semi-automated eletrophoresis systems for detect of staphylococcal enterotoxins in food extrats. Applied and Environmental Microbiology.1992, 58, 4083-85.

PASSOS MHCR, KUAYTE AY. Avaliação dos surtos de enfermidades transmitidas por alimentos comprovados laboratorialmente no município de Campinas-SP no período de 1987 a 1993. Revista do Instituto Adolfo Lutz. 1996, 56 v.1, 77-82.

PEREIRA ML, LARA MA, DIAS RS. Intoxicação por Staphylococcus aureus provocada por queijo “tipo Minas”. Rev Microbiol. 1991, 22, 349-350.

REIBNITZ MGR, TAVARES LBB, GARCIA JA. Presencia de coliformes fecales, Escherichia coli yStaphylococcus aureuscoagulasa y DNAsa positivos enqueso. Revista Argentina de Microbiologia, Buenos Aires. 1998, 30 v.1, 8-12.

REZENDE PL, CAIXETA CM, SANTOS CDM, JACINTO ED, ROSI DA. Salmonella, coliformes totais e fecais em queijo minas artesanal comercializado em feiras livres de Uberlândia-MG. In: II Congresso Latino Americano e Brasileiro de Higienistas de Alimentos, 2005. Búzios. Anais do II Congresso Latino Americano e Brasileiro de Higienistas de Alimentos (Higiene Alimentar encarte eletrônico). 2005, 19.

ROOS TB, SCHEID FILHOVB, TIMM CD, OLIVEIRA DS. Avaliação microbiológica de queijo colonial produzido na cidade de Três Passos. Revista Higiene Alimentar. 2005, 19 v.132, 94-96.

SALOTTI BM, CARVALHO ACFB, AMARAL LA, VIDAL- MARTINS AMC, CORTEZ AL. Qualidade microbiológica do queijo Minas Frescal comercializado no município de Jaboticabal, SP, BRASIL. Arq. Inst. Biol. 2006, 73 (2), 171-175.

SENA MJ, CERQUEIRA MMOP, MORAIS CFA, CORREA ES, SOUZA MR. Características físico-químicas de queijo de coalho comercializado em Recife-PE. Revista Higiene Alimentar. 2000, 14 (74), 41-44.

SILVA CAM. Avaliação da qualidade microbiológica do queijo Minas Frescal consumido na cidade do Rio de Janeiro. In: congresso brasileiro de ciências e tecnologia de alimentos, 17; 1998, Fortaleza. Anais. p.134.

SILVA N, JUNQUEIRA VCA, SILVEIRA NFA.Manual de métodos de análises microbiológicas de alimentos. São Paulo: Livraria Varela. 2001, 317.

STOECKER WF. Refrigeração industrial. Revista Leite & Derivados. 1996, 5 v.43.

TADINI CC, CURI F, CARDOSO AM. Queso Minas Frescal com caseinamento de calcio: uma elaboracion alternativa de produccion de queso com menos grasa. Alimentaria. 1997, 35, 83-88.

TOWNSEND DE, IRVING RL, NAQUI A. Comparison of the Simplate coliform and Escherichia coli test with Petri film, three-tube MPN, and VRBA + MUG methods for enumerating coliforms and E. coli in food. J Food Prot. 1998, 61, 444-9.

Downloads

Publicado

2017-05-02

Edição

Seção

ARTIGOS