PANCREATITE CRÔNICA E SEUS ACHADOS CLÍNICOS E HISTOPATOLÓGICOS: uma revisão de literatura
Resumo
Resumo: Introdução: A Pancreatite Crônica (PC) é conhecida como uma doença inflamatória que causa substituição, irreversível e progressiva, do parênquima pancreático normal por tecido fibroso. Objetivo: Evidenciar os principais sinais clínicos com os achados histopatológicos da PC na população. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa, baseada na busca de artigos de dados eletrônicos: PubMed e Google Scholar. Resultados: A Pancreatite é dividida em duas principais etapas, a primeira aguda, e tardiamente à crônica. A recorrência da primeira leva à perda de parênquima e consequentemente à fibrose, causando assim, a pancreatite crônica. Esse processo consiste em uma sequência de fibroses, alterações na secreção pancreática e distorções ductais, sendo causada por múltiplos fatores, os quais irão produzir mediadores inflamatórios e destruição das células acinares. Inicialmente, as etiologias de tal doença possuem diferentes achados clínicos, todavia, na fase crônica tardia os sintomas de todas as causas se convergem para: dor abdominal, esteatorréia, diabetes, perda de peso, desnutrição e falência pancreática (endócrina e exócrina). Outrossim, a histopatologia é caracterizada por fibrose, atrofia e distorção do parênquima, bem como alteração do ducto com tampões intraluminais de proteinase e calcificações. Conclusão: Portanto, a pancreatite crônica é uma alteração irreversivel do parenquima da glândula, a qual torna-se fibrótica. Apesar das diferentes possibilidades de degradação celular, nos estágios mais avançados da doença, as características histopatológicas se igualam, independente da etiologia. Assim, a progressiva perda de tecido saudável, redução da secreção pancreática, associadas à inflamação crônica envolvendo nervos intrapancreáticos contribuem para os tradicionais sintomas clínicos.
Palavra-chave: Inflamação. Pâncreas. Patologia. Sinais. Sintomas.
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